sábado, 21 de março de 2015

Até 'tou cos calores

Na minha terra os homens não choram. São rijos como o aço, daquele aço que baixa as calças e come e cala, desde que o assunto não seja futebol claro está. São feitos da matéria com que se fabrica a subserviência (que não se devia nunca confundir com humildade). Filhos da educaçãozinha cristã que faz com que tudo seja da nossa conta, especialmente aquilo que não o é. Com quem se dorme, com quem se acorda, por qual orifício se obtém ou não prazer. A mesma educação que nos ensina a perdoar tudo, da errónea natureza do ser humano, de conceder sempre outra oportunidade ao próximo. A não ser que ele chupe piças,  nesse caso é queimá-lo na fogueira.
O nosso maior inimigo são as fufas com intenção de adoptar criancinhas (que irão ser um dia umas grandes fufas também, mesmo que sejam gajos), o que nos fere de morte a integridade são essas gajas que andam com uns e outros sem darem explicações a ninguém. Afinal quem é que elas pensam que são, homens?
Tudo o resto nos passa ao lado, tudo resolvido e perdoado num piscar de olhos. E cá vamos, sorrindo e servindo a quem nos manda cavar a nossa sepultura.

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